segunda-feira, 3 de novembro de 2008


Desespero, angústia, holocausto, síndrome do pânico, dor na alma, susto, distorção da realidade, falta de auto-aceitação, medo, horror, distúrbio, transtorno, incredulidade, falta de amor próprio, incompreensão, não aceitação da realidade, auto-depreciação, falta de sexo, falta de dinheiro, falta...

Algumas dessas palavras ajudam a compreender o mais famoso quadro do pintor norueguês Edvard Münch, O grito, da última década do século 19. Porém, seria reduzir a beleza dessa pintura a um monte de palavras negativas e que só remetem ao pior do ser humano. Melhor é observarmos o trabalho artístico, aonde ele conseguiu chegar.

Melhor é vermos como a imagem pode ainda ser mais angustiante quando feita num sistema de pintura chamado xilogravura. Nesse processo, o artista encrava na madeira os espaços que ele deseja ficar brancos na tela e deixa os relevos para ser pintados, fazendo assim um “carimbo”. Ele, então, passa tinta nessa matriz, aplica sobre a tela, coloca numa prensa e, aí sim, temos o quadro. No caso da ilustração acima, é uma reprodução muito fiel e triste do Grito de Münch, talvez ainda mais perturbadora do que o próprio desenho original.

Aproveita.

2 comentários:

Paula § Danna disse...

Perfeito!

Essa é uma das minhas obras favoritas.. e realmente fica mais angustiante assim..

Adoro a sensação que dá, quando olhamos fundo para O Grito e por um minuto, ouvimos o nosso próprio grito ecoando pelo emoldurado..

AAAAAAAdoreiiii

Stella disse...

Meu Deus...o.O
Fiz aula de Xilo na faculdade e foi complicado..reproduzir uma obra destas ainda...Choquei.
Gostei muito da Xilo.
A obra em si também é fascinante.