quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

gênero novo

      

       Ando escrevendo muito no Twitter e pouco por aqui. O fato é que escrever 140 caracteres, hoje, parece mais fácil do que quando ingressei nessa rede social. Com meu olhar contínuo sobre os gêneros textuais/discursivos, notei que não só o tweet é um gênero novo, análogo aos SMSs (também conhecidos por "torpedos" ou simplesmente "mensagem"), como também a etiqueta que acompanha muitos deles, a chamada hashtag
      A hashtag é também um gênero, mesmo se compondo às vezes por apenas uma palavra. Aliás, o que define um texto não é a quantidade de palavras, frases, períodos, parágrafos que ele possui, mas sua capacidade expressiva e comunicativa, a qual interliga os participantes de um discurso, chamados na produção textual de interlocutores. 
      Além de gênero novo, a hashtag é também um gênero pertencente à categoria dos hipertextos. Os hipertextos são textos produzidos na internet dada a facilidade de um texto levar a outro nesse ambiente virtual. O hipertexto se mostra na internet por meio dos hiperlinks, palavras sublinhadas e destacadas em azul (neste blog, é vermelha a cor). Ao clicar neles, acontece um redirecionamento de página e o leitor é levado a uma outra página (dentro do mesmo site ou não) em que aquele termo destacado aparece também ou onde há uma maior explanação sobre ele.
      No caso das hashtags do Twitter, quando se clica sobre elas, é-se direcionado a uma coluna dentro do próprio site em que aquela sequência foi usada por outro. No site em questão, esses marcadores são precedidos pelo símbolo #. Assim, quando um participante do Twitter escreve algo com uma etiqueta dessas, ele se junta aos outros que também a utilizaram, independente de segui-los ou não. 
      Pra você, leitor, que gosta da rede social que mais cresce no Brasil, participe ativamente na internet. Como disse o Al Gore (ex-candidato à presidência dos EUA) na Campus Party, a gente tem de aproveitar a internet enquanto ela ainda é um ambiente verdadeiramente democrático (pra mim, anarquista até), vai saber do futuro... #FicaDica

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

primeiro post

      Hoje deu vontade de escrever. Tenho um conto em andamento, tenho que começar a elaborar propostas de redação para o semestre, tenho uma qualificação de doutorado para corrigir. Bastante coisa pra quem está de férias, né? Mas me bateu vontade de escrever. E eu acho que é uma das primeiras vezes que escrevo neste blog sobre.... nada. Eu não tenho assunto nenhum para me motivar a escrever e mesmo assim eu continuo. O que houve com minha preguiça?
      Aliás, tenho uma teoria sobre esse pecado capital. Gula, inveja, ira, avareza, vaidade, luxúria... todas essas coisas você comete. Você é o agente do pecado, portanto, você é o responsável por ele. No entanto, com a preguiça acontece o oposto. Você é paciente da preguiça, ou seja, não é você quem a comete, é ela que te acomete. Assim, os pecados capitais deveriam ser seis ao invés de sete. Porém, o círculo não se fecharia direito, já que sete é um número mágico.
      Falando nisso, tenho uma atração maluca pelo sete. Desde sua forma, 7, passando por sua escrita, SETE, a presença dele na data do meu nascimento (17/07/78 - pronto, falei a idade) até todo o misticismo que existe sobre ele ser o número da perfeição. Não sei explicar minha atração por coisas místicas, eu, tão cético quanto mais física leio e mais velho fico.
      E o que seria de nós, me surpreendo me perguntando, e o que seria de nós sem essas básicas contradições? A vida parece mesmo pautada pelos nossos acertos e, sobretudo, por nossos erros. A lógica da contradição está no fato de que, ao nos contradizermos, podemos persistir no ridículo ou tentar consertá-lo. A contradição parece sustentar nossa vida, como nossas duas pernas. Damos um passo a frente (o acerto) e outro passo a frente (o erro). É isso mesmo, o erro é que conduz nossas vidas, tal como o acerto. E tudo isso porque medimos nossa vida partindo do pressusposto da grandeza tempo.
      Complicado? Também acho. Inclusive, quando o povo da física fala que tempo e espaço estão entrelaçados, e que a gravidade existe e poderia ser verificada quando uma deformação nessa teia espaçoXtempo.... quando o povo da física fala disso, eu dou uma pirada. Sério.
      Eu queria escrever mais, bem mais, acontece que eu fui acometido pela preguiça. Estou de férias, então é natural que eu queira fazer nada. Até achei que minha leitura de Poe nas férias ia ser rápida por causa das chuvas que me impedem de sair de casa da quantidade de ócio que eu tenho acumulada. Que nada, to achando tudo meio enfadonho. No próximo conto, o famoso "Gato preto", as coisas devem melhorar.
      Tenho que escrever sobre algo sério. Preciso achar um tema sério pra tratar. Estou com vontade de escrever a sério. Já mencionei hoje que estou com preguiça?
      Desconsidere essa tessitura emaranhada. Mas volte nos próximos posts. Valeu.