Ando escrevendo muito no Twitter e pouco por aqui. O fato é que escrever 140 caracteres, hoje, parece mais fácil do que quando ingressei nessa rede social. Com meu olhar contínuo sobre os gêneros textuais/discursivos, notei que não só o tweet é um gênero novo, análogo aos SMSs (também conhecidos por "torpedos" ou simplesmente "mensagem"), como também a etiqueta que acompanha muitos deles, a chamada hashtag.
A hashtag é também um gênero, mesmo se compondo às vezes por apenas uma palavra. Aliás, o que define um texto não é a quantidade de palavras, frases, períodos, parágrafos que ele possui, mas sua capacidade expressiva e comunicativa, a qual interliga os participantes de um discurso, chamados na produção textual de interlocutores.
Além de gênero novo, a hashtag é também um gênero pertencente à categoria dos hipertextos. Os hipertextos são textos produzidos na internet dada a facilidade de um texto levar a outro nesse ambiente virtual. O hipertexto se mostra na internet por meio dos hiperlinks, palavras sublinhadas e destacadas em azul (neste blog, é vermelha a cor). Ao clicar neles, acontece um redirecionamento de página e o leitor é levado a uma outra página (dentro do mesmo site ou não) em que aquele termo destacado aparece também ou onde há uma maior explanação sobre ele.
No caso das hashtags do Twitter, quando se clica sobre elas, é-se direcionado a uma coluna dentro do próprio site em que aquela sequência foi usada por outro. No site em questão, esses marcadores são precedidos pelo símbolo #. Assim, quando um participante do Twitter escreve algo com uma etiqueta dessas, ele se junta aos outros que também a utilizaram, independente de segui-los ou não.
Pra você, leitor, que gosta da rede social que mais cresce no Brasil, participe ativamente na internet. Como disse o Al Gore (ex-candidato à presidência dos EUA) na Campus Party, a gente tem de aproveitar a internet enquanto ela ainda é um ambiente verdadeiramente democrático (pra mim, anarquista até), vai saber do futuro... #FicaDica